Por que ser sustentável?

por Viviane Cunha

Somos herdeiros de conceitos da Revolução Industrial, focados na economia aberta, que considera que a natureza tem a capacidade de substituição infinita dos seus recursos. Com a Revolução Industrial veio também o estímulo de desejos e necessidades de consumo e a ideia da obsolescência programada – o novo como sinônimo de qualidade e o usado como pronto para ser reposto.

Com menos de 1 bilhão de habitantes no mundo em 1850, o engano de se encontrar só na economia – 1 dos 3 pilares da sustentabilidade – não parecia levar a desequilíbrios.

Para reduzir impactos crescentes, e inclusive viabilizar economia em crise, em 1987 a palavra sustentabilidade ganhou na ONU a definição que tanto usamos hoje, incluindo os pilares ambiental e social.

Contaminações, escassez de recursos e a idéia de aquecimento global e vários outros impactos ambientais e sociais passaram a ser realidade, anunciados constantemente, com gastos econômicos inimagináveis para tentar revertê-los.

Assim, hoje, com mais de 7 bilhões de pessoas na mesma Terra, estamos aprendendo a nova maneira de pensar com o paradigma sustentável, ampliando nosso olhar e cuidando além de consumir e jogar fora – incluindo questões sociais e ambientais relacionadas ao que fazemos e consumimos, desde a origem, em como são extraídos e produzidos, até serem destinados e seus resíduos transformados novamente, para garantir a nossa habitação neste planeta com harmonia nesta e em próximas gerações.

*é diretora do escritório de arquitetura e sustentabilidade Viviane Cunha Associados – VCA.

Artigo publicado na Folha do Jardim de Julho/2015

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