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Por que ser sustentável?
por Viviane Cunha
Somos herdeiros de conceitos da Revolução Industrial, focados na economia aberta, que considera que a natureza tem a capacidade de substituição infinita dos seus recursos. Com a Revolução Industrial veio também o estímulo de desejos e necessidades de consumo e a ideia da obsolescência programada – o novo como sinônimo de qualidade e o usado como pronto para ser reposto.
Com menos de 1 bilhão de habitantes no mundo em 1850, o engano de se encontrar só na economia – 1 dos 3 pilares da sustentabilidade – não parecia levar a desequilíbrios.
Mobilização popular e espaços públicos
por Nina Braga
Em meio a um período no qual muitos cariocas se perguntam se vale a pena continuar a viver em uma cidade na qual quotidianamente atos de barbárie são perpetrados contra inocentes, opto por acalentar nossos ânimos, recordando exemplos de práticas positivas de cidadania que fizeram – e fazem – diferença.
O Parque do Martelo, no Humaitá, é um marco. Graças à mobilização popular, hoje qualquer cidadão pode desfrutar deste lugar encantador, onde tudo está impecável: horta comunitária, brinquedos, sede do parque, jardins, etc. Foi uma luta extensa. Começou na década de 50/60, quando uma pequena favela foi removida. Depois, a área foi ocupada por uma oficina mecânica e, na sequência, uma grande construtora adquiriu o terreno de 16 mil m² para erguer um conjunto de prédios com 200 apartamentos.
Artigo de Elizabeth Cordeiro
por Elizabeth Cordeiro
De um lado da pista um manguezal, do outro uma bela praia de águas azuis e areias brancas. Foi com paisagens como esta que cheguei a um pequeno bairro na Paraíba e achei a casa da Jô do Osso. Bairro de gente humilde. Chão de terra, uma bicicleta estacionada no poste, uma rua sem saída com casas sem números ou números desordenados. Depois de meses trabalhando com suas peças de osso de boi, me vejo em sua oficina.
Nossos rios, nossa vida
por Luiz Felipe Guanaes Rego
A cidade do Rio de Janeiro, produto direto da história geológica, se mostra diante do Oceano Atlântico com dois conjuntos de montanhas: os Maciços da Pedra Branca e da Tijuca. A cidade se espalha nas planícies que cercam as montanhas centrais recobertas por densa floresta atlântica.
As montanhas conversam com o clima e param as nuvens carregadas do oceano que se transformam em chuvas que irrigam a vida colina abaixo. A floresta absorve a enorme energia vinda das águas e encaminha essas águas de forma suave até o lençol freático que, como uma grande caixa de água, nutre os rios que se distribuem de forma radial por todo o maciço durante o ano. Sem florestas, as águas das chuvas escorrem com força e inundam as planícies, os rios se vão e secam.