Confira a programação completa de SELVAGEM, CICLO DE ESTUDOS SOBRE A VIDA
SELVAGEM, CICLO DE ESTUDOS SOBRE A VIDA
Mediados por Ailton Krenak, pesquisadores e pensadores de culturas aparentemente distantes entre si, e que se valem de mecanismos próprios de estudo, reúnem-se em rodas de conversas francas e abertas ao público onde serão apresentadas suas visões sobre a vida criando correspondências entre saberes indígenas, científicos, acadêmicos e ancestrais.
TERÇA-FEIRA
13 de novembro
Abertura e ambiência sonora por Antonio Arvind (hang drum), que acompanhará as palestras criando frases musicais entre as falas dos participantes.
- VIAGEM AO CENTRO DA VIDA
de 10h às 12h
Abertura da jornada do ciclo de palestras.
Vamos falar da vida, da rede da qual fazemos parte, mas também sobre nosso espaço interno e como ele se conecta com o universo exterior. Microcosmos e Macrocosmos.
LUIS EDUARDO LUNA nasceu em Florência, na região da Amazônia colombiana (1947). Ph.D. do Instituto de Religiões Comparadas da Universidade de Estocolmo (1989), e Doutor Honoris Causa da Saint Lawrence University, NY. (2002). Ele é membro do Guggenheim, membro da Sociedade Lineana de Londres, e autor ou coautor de livros sobre temas antropológicos, um deles sobre as visões do ayahuaska de Pablo Amaringo. Doutor Luna é aposentado da Hanken School of Economics de Helsinki, e diretor do “Centro de Pesquisa Sobre Plantas Integradoras, Arte Visionário e Consciência” em Florianópolis”.
TORAMI-KEHÍRI (LUIZ GOMES LANA) nasceu em 1947. É do povo Desana, cuja autodenominação é Imiko-masã “Gente do Universo”. Luiz é o filho primogênito de Umusi Pãrõkumum, Firmiano Arantes Lana, e de Emília Gomes (mulher tukano). Torami-Kehíri e seu pai já falecido, são autores da coletânea de narrativas míticas “Antes o mundo não existia”. Mitologia dos antigos Desana-Kehíripõra” que a Dantes lançará a terceira edição em 2019, sendo as anteriores de 1980 e 1995 realizadas com a colaboração de Berta Ribeiro e Dominique Buchillet.
SERGIO BESSERMAN VIANNA nasceu no Rio de Janeiro (1957) é um economista brasileiro, graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente é o Presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
- A SERPENTE E O DNA
de 14h às 16h
Estabelecer correspondências entre o conhecimento nativo e a ciência. Após pesquisar sobre as plantas junto ao povo Ashaninka para seu doutorado em antropologia, Jeremy Narby desenvolveu uma hipótese que relaciona as serpentes dos mitos originais com o DNA presente em toda forma de vida. A conversa inspirada em seu livro “A Serpente Cósmica, o DNA e a origem do saber” contará com o autor, o astrobiólogo Gustavo Porto de Mello e Moisés Piyãki.
GUSTAVO PORTO DE MELLO é doutor em Astrofísica e professor da UFRJ. Atua em Astrofísica, nas áreas Estelar e Galáctica, em Exoplanetas e Astrobiologia. Temas de pesquisa: composição química estelar, evolução química da Galáxia, estrelas quimicamente peculiares, atividade cromosférica estelar, planetas extra-solares e astrobiologia. Em 1997 descobriu a estrela mais semelhante ao Sol (gêmea solar) até então identificada (Astrophysical Journal Letters, 482, L89).
MOISÉS PIYÃKO é um respeitado xamã do povo dos Ashaninka e conhecedor das tradições espirituais de seu povo.
JEREMY NARBY é antropólogo e escritor radicado na Suíça. Estudou história na Universidade de Kent em Canterbury e recebeu seu doutorado em antropologia da Universidade de Stanford. Estudou com os Ashaninka na Amazônia peruana catalogando recursos da floresta para combater sua destruição.
Autor de “A serpente cósmica, o dna e a origem do saber”.
- LANÇAMENTO DO LIVRO MBAÉ KAÁ – O QUE TEM NA MATA – A BOTÂNICA NOMENCLATURA INDÍGENA de BARBOSA RODRIGUES
às 17h
com participação de comitiva GUARANI.
QUARTA-FEIRA
14 de novembro
abertura com cantos de Ayani e Batani Huni Huin.
Ambiência sonora por Tércio Araripe, da Orquestra de Barro Uirapuru, que acompanhará as palestras criando frases musicais entre as falas dos participantes.
- DA PLANTA AO PLANETA
de 10h às 12h
Como a consciência do mundo e a consciência das plantas são inseparáveis. As plantas, que tornaram possível a vida sobre a terra e no mundo. Elas encontraram a fórmula para transformar a energia solar em matéria. Para além do Antropoceno, vamos falar sobre a engenharia planetária das plantas, o mundo ligado ao cosmos e onde nós também habitamos.
ALEMBERG QUINDINS, é um músico de formação popular e historiador autodidata. É criador da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, um grande centro cultural para as crianças de Nova Olinda e do mundo.
FABIO SCARANO graduou em Engenharia Florestal pela Universidade de Brasília, Brasil, e obteve seu Ph.D. em Ecologia na Universidade de St. Andrews, Escócia. Ele é Professor Associado de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, desde 1993. Ele é também membro da Sociedade Linneana de Londres (desde 1995). Seu campo de estudo é a questão climática dentro da perspectiva de gaia.
GUSTAVO MARTINELLI Possui doutorado pela Faculty of Sciences – University of St.Andrews, UK (1994). Atualmente é pesquisador titular do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Nomeado como Ponto Focal do Brasil junto a Estratégia Global para Conservação de Plantas – GSPC/CDB.
- PLANTAS MESTRAS
de 14h às 16h
Três estudiosos do conhecimento tradicional compartilham aprendizados, experiências e entendimentos junto a cientistas da natureza, os pajés.
ALEXANDRE QUINET é doutor em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008) e pesquisador do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia. É organizador junto com o pajé Agostinho Ika Muru de “UNA ISI KAYAWA, Livro da Cura do povo Huni Kuin do rio Jordão”.
ELS LAGROU é antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De origem belga, fez mestrado em História Contemporânea em Louvain e veio para o Brasil estudar os povos ameríndios, onde fez mestrado e doutorado em Antropologia Social, com especialização em Antropologia da Arte. Publicou, dentre outros, os livros “A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica” (2007), sobre os Kaxinawa; “Arte Indígena no Brasil: agência, alteridade e relação” (2009). Como curadora, Els organizou junto ao Museu do Índio a exposição No Caminho da Miçanga (2015) que apresenta peças de povos indígenas desde o Brasil e Américas, até Ásia e África.
PEDRO LUZ é antropólogo e etnobotânico. Autor do livro Carta Psiconáutica sobre 44 espécies psicoativas e realizador das pesquisas etonobotânicas no livro UNA ISI KAYAWA, Livro da Cura do povo Huni Kuin do rio Jordão.
QUINTA-FEIRA
15 de novembro
- OFICINA DE PLANTIO DE HORTA
de 10h às 12h
Com equipe do programa sócio ambiental do Jardim Botânico.
- AULA DE GUARANI
de 14h às 16h
Aula de Guarani aberta ao público com Davi Karai Popygua e comitiva acompanhada de oficina de desenho de plantas.
A proposta é integrar a aula da língua guarani com a oficina de desenho na intenção de se editar um glossário vivo do encontro.
Sujeito à lotação da sala, chegue cedo
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AMBIÊNCIA: cenário criado por Bel Lobo e Beth Passi em homenagem a Helio Eichbauer, participação de músicos tocando hang drum, cantos Huni Kuin e instrumentos de barro entre as falas do ciclo.
NA INTERNET: registros de cada fala posteriormente disponibilizados.
EQUIPE:
curadoria: Anna Dantes
cenografia: Bel Lobo e Beth Passi
colaboradores: Camila Vaz, Digo Fiães e Fabio Scarano
produção: Bia Caiado e Madeleine Deschamps
filmagem: Manuel Águas e Gabriel Sayad
comunicação: Na Mídia
APOIO:
Associação dos Amigos do Jardim Botânico
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Coincidencia | Pro-Helvetia
Swissnex
Plataforma Brasileira de Biodiversidade Serviços Ecossistêmicos
Instituto Serrapilheira
Instituto Francês do Brasil
Embaixada da França no Brasil
SESC-RJ
Família Aranha
Luis Paulo Montenegro
Fábula
REALIZAÇÃO: Dantes Editora