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Palestra na AAJB | “Arte e ecologia, vivência do tempo e contemplação da natureza”
20 de maio de 2017 | 10:30 - 12:30
Foto: Eduardo Vasconcelos
Dia 20/05, às 10h30, vamos receber Eduardo Mourão Vasconcelos, psicólogo, cientista político, pesquisador, escritor e professor associado da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele dará a palestra Arte e ecologia, vivência do tempo e contemplação da natureza – uma proposta de exposição de esculturas e fotos com reflexão filosófica, psicológica e estética.
Ementa escrita pelo autor: No “Novo manifesto do naturalismo integral”, de 2012, o conhecido escultor polonês-brasileiro Frans Krajcberg e o fotógrafo francês Claude Mollard nos incitam à criação de formas artísticas capazes de suscitar a preservação da natureza, tendo como pano de fundo a denúncia da atual crise de sustentabilidade planetária. A presente proposta de palestra visa primeiramente expor as ideias de fundo de uma exposição de fotografias e esculturas que vem sendo preparada pelo autor, que pretende ir além de uma mera mostra de arte afinada ou ilustrativa de recursos estéticos e educativos para a luta ecológica. Muito além disso, ela busca tocar em um dos núcleos centrais e mais profundos que moldam a subjetividade e a percepção humana de si mesmo e do mundo que o cerca: a experiência do tempo. Estamos hoje “afogados” pela compressão do tempo, esquecidos de nosso longo passado, e aprisionados a um presente fugaz e acelerado pelos fluxos financeiros, comerciais e digitais, que também comprimem nosso horizonte de responsabilidade ética de médio e longo prazo pelo futuro da humanidade e do planeta. Tocando neste núcleo, a palestra e a exposição visam estimular uma reflexão mais profunda sobre as bases existenciais e psíquicas que sustentam a nossa relação com a natureza e com o planeta. Busca suscitar, a partir da escultura de formas aleatórias esculpidas pela natureza por década em madeira, a percepção mais clara do longo passado que modelou aleatoriamente o planeta, como forma de provocar a visão para um horizonte futuro mais alongado e de maior responsabilidade e cuidado da Terra e da natureza. Ao mesmo tempo, via fotografia, pretende mostrar a possibilidade de uma outra vivência concreta do tempo presente, para além da compressão atual, pela contemplação mais alongada da natureza e dos ambientes urbanos. Pretende assim suscitar novas formas de percebê-los, contemplá-los e de se interagir com eles, estimulando formas variadas de registro fotográfico, fugindo do paradigma realista e naturalista, com a mobilização de estéticas impressionistas, surrealistas e da pintura abstrata, mas de forma inteiramente acessível para as pessoas comuns. A palestra apresentará em um primeiro momento um conjunto sintético dessas ideias em Power Point, para depois apresentar imagens das esculturas e fotos de diversos locais do mundo, mas incluindo uma pequena série tiradas no próprio Jardim Botânico. Duas ou três esculturas também poderão ser expostas na sala da associação durante o encontro.
Auditório Geraldo Jordão Pereira (Rua Jardim Botânico, 1008, Casa 6). Entrada franca. Não é necessária inscrição prévia. Auditório sujeito à lotação.